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jan 03

Maria, Mãe de Deus, Rainha da Paz

 

 

1 de janeiro

Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é “a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor”. Ela tem o direito de chamá-lo “Filho”, e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe! Foi a primeira festa Mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma, onde antes, se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.

Não foram os protestantes os primeiros a rejeitar o título de “Mãe de Deus” à Nossa Senhora. Foi Nestório, o indigno sucessor de S. João Crisóstomo, na sede de Constantinopla, o inventor da absurda negação: a união das duas naturezas,  divina e humana, em Jesus Cristo.

Foi em 428 que o indigno Patriarca Nestório começou a pregar que havia em Jesus Cristo duas pessoas:  uma divina, como filho de Deus; outra humana, como filho de Maria. Por isso conclui o heresiarca, Maria não pode ser chamada Mãe de Deus, mas simplesmente Mãe de Cristo ou do homem. Concebe-se o alcance de uma tal negação. Se as duas naturezas, a divina e a humana, não são estaticamente unidas em Nosso Senhor Jesus Cristo, de modo a formar uma única pessoa desaparece a Encarnação e a Redenção, porquanto o Filho de Deus, não se tendo revestido de nossa natureza, não pode ser o nosso Redentor. Somente o homem Jesus sofreu. Ora, o homem, como ser finito, só pode fazer obras finitas. Logo, a Redenção não é mais de um valor infinito;  Jesus Cristo não pode mais ser adorado, pois é apenas um homem; o Salvador não é mais o Homem-Deus. Tal é o erro grotesco que Nestório, predecessor de Lutero, não temeu lançar ao mundo.

Ora, os protestantes não querem levar às últimas conseqüências a negação da maternidade divina de Nossa Senhora. Admitem em Jesus Cristo duas naturezas e uma pessoa, mas lhes repugna a união pessoal (hipostática) das duas naturezas na única pessoa de Jesus Cristo.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem: Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade,  é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora,  negaremos a redenção do gênero humano ou cairíamos no absurdo de dizer que Deus é mortal!

A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.

É bom Saber: Influenciado pelo Antigo Testamento, comum ao Judaísmo, os Nestorianos diziam que ninguém devia chamar Maria de “Mãe de Deus” e sim Mãe de Jesus. Isso provocou protestos e foi um dos fatores mais relevantes para a convocação do Concílio de Éfeso.

Vejamos alguns dos incidentes que marcaram aquele concílio:

Cirilo, bispo e teólogo de Alexandria, teólogo da poderosa diocese de Alexandria repreendeu publicamente Nestório que apelou para o Papa Celestino. O Papa, então, de inicio convocou um concílio em Roma no ano de 430 que condenou as teses de Nestório (este concilio não foi reconhecido pelo catolicismo) e exigido dele uma retratação. Nestório negou-se a se retratar e por isso foi anatematizado pelo Papa. Mas Nestório conseguiu convencer o Imperador Teodósio a convocar outro concilio para resolver a disputa. Assim, em 431 teve lugar o concilio de Éfeso.

No início do concílio o clima era péssimo, pois o povo já tinha incorporado como matéria de fé, a divindade de Maria e isso ia exatamente de encontro às teses de Nestório. A população manifestou-se de maneira violenta contra os que negavam a Divindade de Maria e o Imperador interveio, chegando mesmo num determinado momento a mandar prender Cirilo e Nestório. O tumulto no concilio era geral, os clérigos condenavam e denegriam uns aos outros, as pessoas comuns realizavam tumultos, os servidores civis do Império fomentavam entre as partes. Por fim, Teodósio desfez o concilio, dizendo ele havia malogrado nas tentativas de conseguir a reconciliação. Mesmo assim Nestório foi condenado como herege, deposto e exilado. Grandes perseguições foram direcionadas contra os Nestorianos e de seus membros tiveram que migrar para distante, estabelecendo-se na Arábia, Pérsia, Síria e outros países africanos, chegando até mesmo na China, onde fundaram igrejas, algumas delas existem até hoje. As únicas igrejas nativas do Irã ainda hoje são Nestorianas.

Fontes de Consultas para colagem e formatação do texto.

http://portalcot.com/br/catolicoemdia/maria-mae-de-deus///

http://www.laerciodoegito.com.br

http://www.lepanto.com.br

PASCOM

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