Agosto, mês a que se reportam varias vocações religiosas, nós da PASCOM, não poderíamos deixar de falar, mesmo, que brevemente, sobre a família, vocação primeira e oficina para todos os dons, pois se reconhece na mesma o fundamento de tudo.
Algum escritor famoso disse em um de seus muitos romances: …NIGUÉM É UMA ILHA. E é essa agregação de pessoas, a necessidades de estarem juntas, que se fundamenta a Família, célula primeira de nossa sociedade.
É bom compreendermos que etimologicamente o vocábulo vem do latim: famulus (criado, servidor), pois se designava à mesma como um conjunto de criados a servir um senhor. Mais tarde passou a ser denominada como um conjunto de pessoas unidas por laços sanguíneos, hoje se entende que o importante não é o sangue, mas a vivência em comum unidade (comunidade).
Na igreja a Família começa com o SIM diante do altar, onde os cônjuges se comprometem, mediante juras eternas, a exemplo de Maria e José, se tornarem UM até que a morte os separe, e serem educadores perfeitos dos filhos que certamente virão. E juridicamente começa com um contrato de ambas as partes, Homem e Mulher, criando um vínculo de direitos e deveres, e estendendo a esses últimos aos filhos que virão. Mas se olharmos atentamente, veremos que Família vem se transformando ao longo dos séculos de forma espantosa, uma vez que a mesma já não é mais oriunda do casamento, onde o último já não é realizado de forma definitiva. Muitos deduzem que a televisão seja a grande vilã, uma vez que a mesma aproxima o que está longe e afasta o que está perto, pois ela propicia a falta de diálogo, ao tornar cada um uma ilha, como foi comentado no começo desta matéria. Nós da PASCOM cremos que a vaidade desenfreada do culto ao corpo está degradando a Família, pois já não se reconhece na escolha do cônjuge o companheiro (a) definitivo (a), ao constatar que ele envelheceu, prova disso é o ser humano se metamorfoseando em algo que ele não reconhece ser.
É claro que a concepção de família se baseava em muitos dos casos, como uma grande hipocrisia, pois se constatou ser a mesma um calabouço da penúria humana, principalmente da mulher, onde se negava à mesma o direito de se descobrir como pessoa..
Temos que ter consciência que a família é o arauto da formação do caráter, da geração de vidas, de encontros, de valores, de portos seguros, enfim, de raiz. Foi baseado nessa grande verdade, que nós da PASCOM em consonância com a SNF (Semana Nacional da Família), vimos a repartir com nossos Queridos Paroquianos essa breve reflexão.
Vamos nos nortear na Sagrada Família, onde o tudo era pouco, mas o pouco era uma fartura, aos olhos de Deus.