Tal como em Corinto, podemos observar nas Cartas de Paulo (1ª e 2ª), hoje em dia se constata a mesma sistemática em relação à realidade, se em Corinto o porto era receptor da miscelânea de informações do mundo ali adquiridas, hoje temos como portos a televisão, a internet, etc, então podemos constatar que em ambos os casos tornam-se difíceis traçar um perfil condizente à mensagem salvífica deixada por Jesus Cristo. As pessoas se informam e essas mesmas informações as deformam, visto que elas (as pessoas), não se preocupam em assimilar o que é verdadeiramente importante e libertador, em outras palavras, elas não sabem, ou não querem por conveniência separar o joio do trigo.
Ao vivenciarmos, a partir de então, o Ano Paulino, a Igreja sabiamente quer nos levar a refletir e a discutir esse processo de globalização e da descaracterização do perfil Cristão, onde o consumo desmedido vinculado à uma promessa de felicidade imediata, nos tornam distantes da verticalização da Cruz, padecida por Jesus e tão bem compreendida por Maria.
Vale ressaltar que tais Cartas, não são tratados de teologia, como muitos pretendem, mas simplesmente conselhos de conduta espiritual, ante uma sociedade fabricante de excluídos.
Se ante tantos problemas e excessos de diversificações Paulo conseguiu harmonizar e traçar uma unidade, cabe hoje a nós leigos, Igreja que somos, nos comprometermos a trabalhar em prol dessa unidade consciente.
João Bosco de Melo
PASCOM