Antes de qualquer dissertação sobre o tema, se faz necessário recorrer ao Aurélio e conhecer o significado de duas palavras: Preconceito, opinião formada sem uma reflexão prévia. Discriminação: separação, segregação., em detrimento a um mercado emergente.
Desde eras mais remotas até os dias atuais elas vêem pontuando a vida dos nossos irmãos de cor, de etnia e dos de camadas inferiores, pois o homem ao se constatar em si o poder de persuadir começa de forma mesquinha a subjugar de maneira, totalmente alheias aos princípios morais e religiosos apregoados por Jesus Cristo, o seu par como forma de alimentar a ganância que cresce em si, ao suprir o mercado emergente. Como se não bastasse a eliminação, quase que total, de nosso Índios, começam a mercantilizar as carnes negras de além-mar, onde grande parte da Igreja oficializou esse ato ao constatar essa gente como não sendo de Deus, ou pior, como não sendo gente. Mas com muito sangue, com muita luta aos 13 de maio de 1888 foi promulgada a Lei Áurea, mas se constatou que foi uma liberdade, segundo Dom Helder Câmara, somente em palavras, pois essa lei não melhorou em nada a condição social e econômica dos ex-escravos, pois a mesma não lhe garantiu a emancipação social, e para tanto, ainda, será necessário que se faça novamente Palmares.
Hoje em dia se afirma que não existe discriminação racial/social no Brasil, e em nossa Dores de Campos, mas se constata de forma precisa, uma discriminação muito pior, que é a velada, pois essa segrega de forma sutil e medonha o negro. A maioria das pessoas de nossa cidade, de nossas famílias, totalmente devotas de Nossa Senhora Aparecida, que é negra, dizem de forma grotesca, mas se achando simpáticas, que se o negro não cagar na entrada, fatalmente cagará na saída, e todos acham normal, não vendo nisso um crime configurado na Constituição Federal. Apesar da lei Afonso Arinos promulgada em 1947, que define como contravenção penal as práticas de discriminação por raça ou cor, a segregação continua de forma bastante expressiva. Basta lançarmos um olhar na população carcerária do Brasil, que constataremos que a maioria são negros e pobres, alheio a esse caos social o governo descaradamente, segundo Caetano Veloso, envia jovens soldados negros para o Haiti. Quer coisa pior do que as cotas nas universidades como forma de inclusão social, que nada mais são do que a institucionalização do racismo! Pois se mascara a equivalência, com essa esmola, como forma de minimizar toda a exclusão que o negro vem sofrendo, ao longo dos anos, desde a infância dos seus ancestrais. E como ficam os moradores de ruas, quase todos negros?
Mas a pior discriminação vem do próprio negro, daquele que tem o complexo de Michael Jackson que ao querer o tempo todo se transvestir de branco, repudia a sua raça, a sua cor, a sua realidade como criatura de Deus.
No Evangelho de domingo Jesus Cristo nos alerta a sermos pessoas mais humanas, mais tolerantes, totalmente racionais quanto a construção de um mundo mais justo, mais igualitário, um mundo, onde a Boa Nova prevaleça.
Lembrete:
__Até que ponto os pais estão fomentando a discriminação em seus filhos?
__Até que ponto as escolas estão trabalhando em seus alunos a aceitação da cultura negra, das diferenças?
__Até que ponto as Pastorais estão trabalhando a inclusão dos negros na Igreja, quer nas coroações do mês de Maria, nas configurações das festas, etc.
Para tanto, é necessário eliminarmos as senzalas de nossa alma e aceitarmos as diferenças, que podem torna a convivência com nossos irmãos mais rica, mais fraterna!
Autores:
João Bosco de Melo Ayla Darlene de Souza.
Dores de Campos, 14 de novembro de 2007.
PASCOM