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fev 12

A Arte de ser Feliz

Vivemos num mundo onde a cobiça, a inveja, se mascara para pleitear um apêndice da felicidade, isto é, elas equivocam o conceito de ser feliz, pois a maioria das pessoas passa a achar que ser bem conceituada e, portanto, feliz, é ter o emprego do outro, é morar no litoral ou na capital, é ter um carro novo, é ser tratado com rapapés. Portanto, baseado em tudo isso, nós devemos ter o discernimento e entender que ser feliz se consiste, antes de tudo, em aceitar com espontaneidade a nossa realidade, e buscar com critérios sólidos uma melhora para a nossa vida, sem, contudo, atropelar a outrem.

Como todos nós trabalhamos, muitos, na maioria desavisados, tendem a passar uma idéia de que devemos nos dividir em dois conceitos: o profissional e o pessoal, como se fosse possível tirarmos o nariz para não percebermos o odor do outro; como fosse possível ao cachorro retirar o rabo para entrar em uma igreja! Claro que isso é bobagem, pois somos o complexo de dor e delicia de convivências, cabe a cada um de nós sabermos dosar essas medidas, para caminharmos um pouco impermeáveis, a princípio, em cada setor de nossa vida: o pessoal e o profissional. Ambos se somam e se dividem, para que sejamos ao final das contas, como popularmente dizem: uma pessoa sociável, equilibrada e verdadeira.

Como disse a princípio, primeiro devemos nos posicionar e nos aceitarmos como somos, é claro, pois nunca seremos o outro, quando muito uma caricatura, que a todos farão rir. Montaigne em um de seus ensaios sobre a complexidade humana nos diz: _ “a vulgaridade em nos julgarmos faz de nós duas pessoas distintas em classificações, enquanto que ao cavalo se faz, apenas, uma só, pois a esse se classifica, não pelos arreios que o adornam, mas sim, pela sua destreza e força. Quando se vai vender um cavalo, primeiro se despoja de suas alegoria, e só depois de descoberto, é que lhe imputa um valor”.O próprio Montaigne observa que um homem pode ter vida suntuosa, cargo importante, mas tudo isso está fora dele, não dentro dele. O valor e beleza de uma estátua estão nela própria e não no pedestal a que ela se apóia; portanto devemos nos valorizar de dentro para fora. Certo sábio disse que: tudo aquilo que podemos tocar, por estar agregado à impermanência da vida não é nosso, mas aquilo que não podemos tocar, como por exemplo: a amizade, a simpatia, a caridade estas coisas sim, essas são nossas, pois depende, apenas da vida que está dentro de nós. E mediante a isso, somos o tempo todo conectado em Deus e por Deus, pois ele é onisciente e onipresente, Ele sabe tudo de nós.

Os questionamentos são necessários para se detectar nossas fragilidades e para que se possa fomentar uma reação favorável mediante a uma ação. Não podemos nos esquecer que Jesus não nos quer perfeito, se assim o fosse ele jamais escolheria um Pedro para edificar a sua Igreja, ele quer sim que caminhemos com o objetivo do acerto, apesar de nossas fragilidades e vulnerabilidades. Saibam e acreditem que Deus nos deu um oásis de possibilidades, cabe tão somente a nós, identifica-las e torna-las objetos de nossa felicidade.

João Bosco de Melo

Texto encomendado para ser apresentado na III Semana Integrada – IX SIPAT

Marluvas Calçados de Segurança LTDA.

PASCOM

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