
Tema: Catequese, caminho para o discípulo.
Lema: nosso coração arde, quando ele fala,
Explica as escrituras e parte o pão. (Lc, 32-35).
A Igreja do Brasil lança, oficialmente, o ano Catequético no dia 19 de abril com término no dia 22 de novembro de 2009, quando se comemora o Dia do Cristo Rei.
O ano Catequético, não quer ser um evento isolado, ao contrário ele se insere, totalmente, na acepção do Documento de Aparecida, o qual convida a cada um de nós a sermos Discípulos Missionários de Jesus, e mais ainda, a sermos formadores de novos discípulos, para que tenhamos vida em abundância. Ele quer, também, manter uma relação simbiótica com a Campanha da Fraternidade e demais campanhas, pois se entende, que as campanhas têm que se co-irmanarem de maneira coesa tanto no discurso, quanto na ação, Se entende que intenção primeira é a de lutar pela garantia e manutenção permanente dos direitos humanos, onde todos possam participar de maneira equivalente numa sociedade que se pretende ser justa.
A CNBB, a muito entendeu que não devemos viver uma fé puramente contemplativa, alienada do contexto social e político, mas sim a fé amadurecida que caminha conjuntamente nos movimentos da paróquia, onde a mesma tende a se inserir em cada grotão de sua geografia a consciência cristã e denunciar as injustiças ali acontecendo. Para tanto a Catequese exerce um papel importantíssimo, ao acordar mentes entorpecidas em meio a uma sociedade fabricante de excluídos e de banalidades contundentes, onde a postura ética e moral se torna fora de moda.
Até bem pouco tempo a Igreja Católica reinava absoluta entre seus fiéis, totalmente desprovida de um senso crítico ante a realidade que ali acontecia, quando percebeu que já não era mais a dona da feira e que para se manter tinha que disputar seu pedaço, sua barraca com as denominações diversas crescentes. E para tanto a mesma dispunha de uma arma poderosíssima, que era os Catequistas. Para os mesmos ela tem que render importância, pois eles são providos apenas do amor em Jesus Cristo e a vontade de continuar a propagar a Boa Nova.
Para tanto, o movimento Catequético propõe criar uma consciência totalmente imbuída da mensagem salvívica no relato de Emaús, pois se reconhece ali a mensagem concreta apregoada por Jesus, ao se perceber nos mesmos a nossa indiferença ante os acontecimentos tão bem proclamados por ele, e a constatação do encontro pessoal com ele, e mais ainda, se perceber no amigo de Cléofas a nossa figura, pois, intencionalmente, o relato tenta nas entrelinhas tal denúncia. Uma vez que nós reconhecemos Cristo temos que sair de nosso comodismo e nos proclamar seus seguidores e anunciadores da boa Nova.
Paralelos ao ano Catequético, também, estamos vivenciando em nossa Paróquia, em nossa Diocese a Missão Diocesana (Igreja Discípula e Missionária), onde se pretende concretizar de fato a mensagem de Jesus: __Ide para o mundo inteiro e pregai o Evangelho. Todas essas acontecências deverão se contrapor á caoticidade em que o mundo está se tornando, e como soldados da palavra de Jesus Cristo, os catequistas/missionários/evangelizadores têm que estar preparados tanto no que tangem à formação religiosa, quanto nos eixos políticos/econômicos e sociais. Este é o grande momento, este é o grande desafio, enquanto Igreja Católica que somos, hastear a bandeira e sairmos a proclamar a Boa Nova em todo os grotões dos corações e mentes de nossos paroquianos, respeitando, sempre, as diversidades das denominações religiosas.
Questionamento: “Como nossa comunidade paroquial está reagindo ante as angústias, o desencanto e falta de perspectiva oferecida pelo mundo materialista e competitivo proclamado a todo o momento pela mídia? E como a Igreja se contrapõe a isto, como mantenedora das verdades proclamadas por Jesus?”
Dinéia Maria Ribeiro Lacerda e João Bosco de Melo
Dores de Campos, 17 de abril de 2009.
(O texto acima idealizado obedece aos critérios do Documento de Aparecida e ao texto base – Ano Catequético).
Pascom