São José, Pai de Jesus Cristo e esposo de Maria, que soube como a mesma dizer sim ao propósito do Pai, e abdicar dos direitos de esposo em detrimento de um amor verdadeiro, de um amor absoluto que transcende à compreensão, dos muitos que não sabem o que é amor. O homem que soube aceitar, sem entender, quando ouviu o relato de Maria ao dizer que estava grávida, em uma Nazaré absoluta ao poder do homem.
Como todos já puderam observar na Bíblia pouco se fala dele, apenas que era justo. Mas com o passar dos anos, ao se conhecer a sua história, através dos escritos apócrifos, ele passou a ser venerado, tanto que no século XV, mas precisamente no ano de 1479 o calendário Romano passa a vincular o dia 19 de maio como o seu dia. Uns de seus mais ardorosos devotos e que ajudaram, também, a espalhar a devoção a ele foram, Santa Teresa d’Ávila e São Francisco de Assis, tanto que no século XIX, ano de 1879 foi declarado pelo Papa Pio IX como “Patrono Universal da Igreja” e o Papa Pio XII estabeleceu o dia 1º de Maio, Dia do Trabalho, fazendo jus à declaração do Papa Benedito XV como “O Patrono da Justiça Social”como o seu dia, também, uma vez que ele exerceu o ofício de carpinteiro e viveu como pai de família as agruras de seu tempo, tal como tantos Josés Operários espalhados por nossa cidade, por nosso país.
Segundo os escritos apócrifos sua história é bem interessante ao relatar, que Maria não queria se submeter a um casamento arranjado, tanto que recusou vários pretendentes. Uma vez observado sua resolução seus parentes oraram e, Deus os instruí a chamar todos os homens da casa de David e pedi-los para deixar os seus cajados no templo. Passado algum tempo o cajado de José floriu em lírios brancos, demonstrando a sua pureza de intenção. Quando Maria o viu aceitou imediatamente, pois o amou à primeira vista. Tais relatos dizem que José era viúvo e pai de 04 filhos, tanto que muitos se confundem ao acharem que Maria teve filhos com José, quando na verdade ela fora, apenas, madrasta. E Jesus teve irmãos de criação. O galho de lírios brancos nos ícones e estampas de São José, que observamos, é oriundo do acontecimento no templo, supra citado.
São José é exemplo de pai de Família, tanto que compõe com Maria e Jesus Cristo o protótipo perfeito da Família Cristã, exemplo tão pouco aproveitado nestes tempos hedonista, onde o prazer e o vazio dos sentimentos estabelecem critério primeiros, para relações descartáveis e fabricantes de sofrimentos.
Portanto vamos mirar no exemplo de São José, que ao dizer o Sim se abdicou da fatuidade em detrimento da vida em Família.
Há uma bela versão de Nara Leão, para a música Joseph gravada por Rita Lee, a qual será transcrita abaixo:
José (Joseph)
Rita Lee
Composição: G. Moustaki / Versão: Nara Leão
Olha o que foi meu bom José
Se apaixonar pela donzela
Entre todas a mais bela
De toda a sua galileía
Casar com Deborah ou com Sarah
Meu bom José você podia
E nada disso acontecia
Mas você foi amar Maria
Você podia simplesmente
Ser carpinteiro e trabalhar
Sem nunca ter que se exilar
De se esconder com Maria
Meu bom José você podia
Ter muitos filhos com Maria
E teu oficio ensinar
Como teu pai sempre fazia
Porque será meu bom José
Que esse seu pobre filho um dia
Andou com estranhas ideias
Que fizeram chorar Maria
Me lembro as vezes de você
Meu bom José meu pobre amigo
Que desta vida só queria
Ser feliz com sua Maria
João Bosco de Melo
Dores de Campos, 25 de abril de 2009.
PASCOM