Ao dizer profeticamente: “ __Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundancia (João 10, 1 – 10)” Jesus Cristo impôs para todos o teor da Mensagem salvívica, que é o de arrebentar os grilhões que nos prendem a uma vida medíocre, e a propagar a liberdade plena. Mas até então tal função era pertinente, somente á igreja, pois tal designação “leigos” (do grego laikos), aquele que não pertence ao clero, era considerado idiota, que não tinha um entendimento concreto da já mencionada mensagem. Mas, com a graça de Deus, com o Lúmen Gentium. Luz para Todos (Concílio do Vaticano II) e reafirmado pelo Documento 62 da Assembléia Geral da CNBB de 1999, a Igreja começa a se retornar à Igreja Primitiva dos Atos dos Apóstolos, onde todos eram responsáveis pelo repasse da Boa Nova.
Hoje em dia temos o dever de proclamar e propagar a Boa Nova, pois a mesma contém em si a liberdade a que todos têm por direito, que é o de saboreá-la e vivenciá-la, mesmo que desapontamos com certos noticiários que comprovam a mercantilização da fé, totalmente, cínica por alguns segmentos cristãos, haja vista a quantidade de pastorais contidas na Igreja, pois se entendeu, mesmo que tardiamente, que tal função pertence a todos, pois todos somos pastores de nosso rebanho, e temos que ter o intuito de levá-lo para as verdes pastagens do campo do Senhor. Para tanto, temos que ter o discernimento e o espírito da humildade do servir, para que não nos tornemos representantes de um Jesus Cristo, totalmente, conveniente aos nossos pecaminosos interesses.
Temos que ter, mediante o experimento do relato dos Apóstolos de Emaús, a fé que arde e queima a mesmice do dia a dia fazendo renascer em nós todo o ardor da missionaridade, que é o de mostrar em nossas intenções os gestos concretos a Boa Nova de Jesus Cristo.
Dores de Campos, 16 de agosto de 2009.
João Bosco de Melo
PASCOM