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jun 27

Relatório sobre um Vento Impetuoso, que passou por Dores de Campos

 

 

    Quinta-feira, mais precisamente, dia 23 de junho do corrente mês, Dores de Campos acordou com um frio vento impetuoso que invadia as residências e estranhamente aquecia os corações dorenses. De imediato as mãos cansadas animavam-se, mais uma vez, para expor nos tapetes decorados, os afazeres de dias passados em prol do ilustre visitante, que percorreria por sobre eles, a partir das 15:00 h.

    Assim que os ponteiros do relógio do tempo perfizeram o ângulo de 90º, as ruas que até então estavam vazias pelos auto-motores começam a ser invadidas pelo dourado do sol e pelos fiéis, que, respeitosamente, desviavam de todas as homenagens dispostas nos tapetes por sobre o asfalto, quando rumavam em direção a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Após a primeira benção do Santíssimo Sacramento soerguido pelas mãos do Pe. Paulo, a Corporação Musical São Sebastião começa a entoar os primeiros acordes e o cortejo começa entrecortado de tempos em tempos pelo Coral Carismático, Coral dos Jovens e exultado no momento da benção pelo Coral da Lira Nossa Senhora das Dores. Os altares preparados com esmero esperavam ansiosos, nos pontos especificados, para um breve repouso do visitante.    

    A Igreja Matriz, totalmente, desnudada dos paramentos, que a torna santificada, por estar em reforma, olhava com certa tristeza o cortejo que defronte a ela passava rumo à quadra de esporte do Dorense Clube, para o Sacrifico Festivo da Santa Missa.

    Uma vez estando a quadra, totalmente povoada pela turba, a Santa Missa começa. Em meio a um silêncio profundo o Pe. Paulo começa, com uma propriedade assustadora, em uma homilia repleta de nuances, a se imolar ante as suas precariedades humanas, convida a todos a exercer, intimamente, a mea culpa. No ápice dessa homilia, humildemente demonstra ter mãos indignas, também, para elevar aos Céus a fração do pão transubstanciado em Corpo de Cristo. Neste momento a emoção, denunciada pelos olhos chorosos, faz com que, mecanicamente, as mãos começam um aplauso frenético. Foi um dia especial, poético. Recorrendo ao pleonasmo ouso dizer que Pe. Paulo vem propiciando aos paroquianos dorenses, momentos únicos.

P/ João Bosco de Melo
Dores de Campos, 24 de junho de 2011.
PASCOM

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