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set 05

Maria, nossa Senhora das Dores e Alegrias de todos nós

 

 

Na obra do padre e escritor espanhol José Luis Martín Descalzo, há um diálogo entre Jesus e Maria sobre a morte, onde Mesma, quando questionada pelo seu Filho, responde: Faz muitos anos Filho meu, que eu conheço esse deserto. Ser homem é pressenti-lo, somente, e ser mulher é senti-lo duplamente. Quando geras um filho te crês, por um momento, fabricante de vida, mas as próprias dores do parto te dizem que é a morte que geras e que saem do ventre pedaços de vida e morte embaralhados.

Todas as Mães sabem que dão à luz aprendizes de morto. Mas é preciso entrar no túnel a contracoração, crendo (mesmo sem sabê-lo).

Essa é a Vocação em ser Mãe, apesar de saber o que vem pela frente, ela nos propicia momentos de extrema ternura, momentos de extrema alegria. E Maria, assim, o fez, reservou para Jesus momentos de extrema alegria, além de persuadi-lo nas coisas do alto. Por ser Cheia de Graça, por ter uma intimidade singular com Deus, Ela foi predestinada a ser a mentora intelectual das coisas Divinas e das coisas Humanas, como tão bem exalta São Luiz Maria Grignion de Montfort em sua Obra: Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, ao incitá-la como Column Dei: O pescoço de Deus, pois o pescoço é que faz a ponte entre a cabeça > tronco e membros. Portanto ela é co- salvadora e co-redentora, pois foi dando-nos um Jesus humano e divino que ela nos remiu da herança ofensiva a Deus causada por Eva, a primeira mulher.

O Silêncio de Maria tão bem decantado por Frei Ignácio Larrañaga, não pode ser entendido como alienação, acomodação, mas sim como o entendimento do acreditar, mesmo sem entender, da consciência, da misericórdia Divina.

Quando Isabel a saúda com o belo canto Magnificat, pode ser entendido como o primeiro milagre da Graça, pois Isabel é incentivada pelo hálito de Deus saído da boca de Maria, a reconhecer a Manjedoura de Deus que ela carregava em Si.

Portanto, tomemos Maria como exemplo, pois através dela chegaremos a Jesus Cristo/Deus. Assim como Maria, nós recebemos muitas graças, mediante os talentos que carregamos. Para tanto não podemos esmorecer, pois aquilo que ganharmos e rejeitarmos transformarão em veneno e a este nos sucumbiremos, desgraçadamente.
Ave Maria Cheia de Graça, o Senhor é convosco, Bendita sois Vós entre todas as mulheres, entre todos os homens, entre todas as crianças, Amém!

P/ João Bosco de Melo
Dores de Campos, 30 de agosto de 2011

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