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maio 07

Contextualização da mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

 

Silêncio e Palavra: Caminho para a Evangelização

Como todos sabem, ou quase todos, dia 20 de maio é o dia em que se comemora o Dia Mundial das Comunicações Sociais e para tanto o Papa Bento XVI, através de uma missiva alerta a todos para uma profunda reflexão uma vez que se reconhece na mesma o princípio básico para interação, saudável, entre todos os povos da Terra. Esse ano lança o tema “Silencio e Palavra: Caminho para a Evangelização, tópico esse que a principio parece paradoxal, mas se observarmos o teor constataremos que não o é. Toda comunicação para ser eficaz, antes terá que perpassar por uma introspecção, onde se analisará a intenção e o efeito que essa última terá, pois caso contrário se tornará falácia.

O mundo vive um grande conflito com essa globalização, aonde os fatos chegam a todos, por diversos canais, em tempo real, mas cabe explicitarmos a isso a má qualidade do que se propõe repassar e a interpretação distorcida do que, realmente, acontece. Para tanto é no silêncio que encerra a interpretação adequada do que se escuta e do que se propõe falar, pois é na ânima, do latim, alma, que se encontram as verdades de cada um, para serem confrontadas, balizada e questionadas. Há que se separar o joio do trigo, como o próprio Jesus disse, quando da pregação da Boa Nova, e o Próprio antes da pregação se retirava, para escutar no silêncio do seu coração, morada do Pai, as mensagens proposta por Este.

Ultimamente as pessoas têm medo do som do silêncio, haja vista a constatação que se observa as rádios em sons ensurdecedores, sintonizadas tantos nas casas quanto nos carros, de nossa paróquia. Os murmúrios constantes dentro das Igrejas. Temos que darmos uma trégua e procurarmos sentir a presença de Deus e o que ele nos quer falar, através de nosso abstrato coração, pois distraídos nós nunca o escutaremos. Deus se demonstra na sutileza de uma brisa e para tanto temos que estar atentos. Parece que existe uma conspiração silenciosa, através de nossas constantes distrações, para nos afastarem do reino proposto por Deus. Quando estava na faculdade, época em que a rosa vermelha do socialismo subiu ao poder na França, através de François Mitterrand, e o Papa João Paulo II sofreu um atentado, quando as centúrias de Nostradamus estavam em voga, um professor de Direito Tributário disse que o anticristo já estava no meio de todos nós, hospedado em todas as casas aliciando o senso de cada um em relação ao mundo. Ele estava se referindo à televisão, pois ainda não existia a internet, pois as informações chegavam sem nenhum julgamento prévio, para telespectadores com formações rasas. Vale ressaltar todos os veículos de comunicações são viáveis e importantes basta, tão somente, saber usá-los

Existe uma história em que o pai leva o filho para um passeio na zona rural e lá ao se confrontar com o barulho de uma carroça constata que a mesma só faz barulho se estiver vazia, mas se estiver cheia não o faz. Assim somos nós em relação a Deus, em nossas orações não precisamos verbalizar o que sentimos, o que queremos, basta tão somente evocá-lo de maneira respeitosa, verdadeira e silenciosa. Papa Bento XVI encerra sua missiva orientando que Palavra e Silencio são simbióticas, pois educar em comunicação significa escutar, contemplar, para além do falar; e isso é de suma importância para os agentes de pastorais, de evangelização. Maria a Mulher do Silêncio, como decanta tão bem Ignácio Larrañaga, nos dá esse exemplo perfeito, tanto que no filme A Paixão, filme de Mel Gibson, é o seu silêncio, é o seu grito mudo passado pelo olhar, que acorda a nossa paixão por um Jesus, tantas vezes banalizado em nossos gestos e ações.

Que possamos, a partir de então fazer uma comunicação competente, verdadeira.

P/João Bosco de Melo

PASCOM

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