Segundo o calendário litúrgico, agosto é o mês da vocação, vocábulo esse designativo do latim vocare, que significa chamado, aptidão para uma profissão, ou no caso que se apresenta: chamado de Deus, para as coisas de Deus. Consoante a isso temos que entender que todos nós nascemos com capacidades de assimilar aquilo que vemos, sentimos e intuímos e repassar para os demais, no sentido de resgatar, cada um, a uma vida que irá se desenhando, em sua caminhada, ao propósito único: Deus. Até o Concílio do Vaticano II a Igreja Católica era fechada e na mesma não se permitia ao leigo uma coparticipação mais abrangente, o chamado era permitido a quem abraçasse a vida religiosa, então a partir da bula papal “Humanae salutis“, pelo Papa João XXIII, desse concílio a igreja tornou-se mais preocupada com o social, a isso os movimentos começaram a surgir, tanto que hoje se comprova, quase, impossível uma igreja se manter sem a participação dos leigos. É lógico, que não basta ter, somente, boa vontade para atender ao chamado, mas sim ter o sentido da hermenêutica, isto é, ter ciência daquilo que se aprende e que se pretende repassar, para que não haja interpretações errôneas, quanto às mensagens preditas nas escrituras, iguais as que vemos em outras denominações religiosas e, também, dentro da nossa, própria, Igreja. Para tanto, não basta tão somente ter argumentos, há que se dar testemunho e não ser motivo de escândalos, caso contrário a credibilidade pretendida cairá por terra. Sempre falo, nos movimentos em que participo, que temos que descartar todas as futilidades, toda a arrogância, pois só assim seremos aceitos e capazes de criar uma sinergia, que irá se espalhar por todos os movimentos, e criar uma unidade, tal qual a pretendida por Jesus Cristo. Há uma máxima que diz: __”De onde vem o propósitos de nossas vidas? Vem do acaso como se fosse sorte? Ou é um chamado de Deus para que possamos fazer parte no mundo.” Para tanto esse propósito está incrustado em cada um bastando, tão somente, um convite para atender o chamado e tornar-se um agricultor dos campos de Deus.
Por João Bosco de Melo – PASCOM
Dores de Campos, 31 de julho de 2014