«

»

set 16

Festa de Nossa Senhora das Dores

001Hoje, mais especificamente, dia 08 de setembro do corrente ano, começou a ser refletido em todas as missas “As Sete Alegrias De Maria”. Certa vez, quando de sua estada aqui na matriz, perguntei ao saudoso Pe. Antônio das Mercês (tio do Pe. Paulo Marcelo), carinhosamente chamado por muitos de Tunico, o porquê de tantos números na Bíblia como determinação de algo e mais precisamente o número 07, ao que ele me respondeu: Na cabala judaica os números têm significados precisos e preciosos. Por exemplo: o número 07 representa a perfeição do número 03 (Céu = Trindade Santa) somado ao número 04 (Terra = elementos físicos), isto é, a união de Deus e o homem. Então, através, das reflexões que serão feitas ao longo dos sete dias (08 ao dia 14 de setembro) poderemos observar o expediente de Deus no processo da salvação, usando da obediência de sua serva Maria:

Primeira Alegria: A Encarnação do Verbo Divino

Celebrante: Pe. Eder Sebastião dos Santos

Como já é sabido de todos ninguém nunca viu a Deus, então para se fazer presente e determinar sua vontade Ele, sempre, usou das manifestações angelicais e dos sonhos. Para Maria ele a reservou desde pequena, pela aceitação de sua mãe Ana, para tê-la junto de Si, como consagrada aos afazeres do templo, até quando se tornasse moça. Uma vez tendo-a fortificado, para o Seu propósito, ele envia diante de si o Anjo Gabriel, que saudando-a lhe disse: Ave cheia de graça, o Senhor é contigo. E lhe informou que ela seria a Mãe do Filho de Deus “Jesus”. A isso o peito de Maria se estremeceu de alegria e surpresa, mas guardou para si, não fazendo alarde e nem tampouco se envaidecendo disso. Ao mesmo tempo informou-lhe que sua parenta Izabel, apesar de sua idade avançada, estava grávida.

Participação: Renovação Carismática Católica, Oficina de Oração e Vida e Coral Vozes de Anjos.

Segunda Alegria: Visitação de Maria à sua parenta Isabel

Celebrante: Pe. Paulo Marcelo Daher Gomes Filho

001Se observarmos o contexto da época, quando a mulher não tinha nenhum valor, o SIM de Maria foi de extrema coragem, uma vez que ela sabia o que isso implicaria à sua pessoa, morte por apedrejamento, logo ela que se mantivera pura até então, e continuaria para sempre, sendo espelho de determinação. Então sem titubear, vai até à casa de sua parenta Isabel (segundo Pe. Antônio das Mercês, devido a idade de Isabel, a possibilidades das duas serem primas seria remotas), sem se atentar para os perigos do caminho. Mas segundo Pe. Paulo Marcelo asseverou em sua bela homilia, a alegria do servir, da solidariedade, da caridade supera todos os medos e incertezas. Chegando a casa de Isabel ocorre um dos mais belos momentos narrados no Bíblia o “Magnificat”, quando ocorre o sobrenatural, a vibração dos dois ventres, o diálogo inaudível de Jesus e João Batista. Após João Batista nascer, Maria volta ao encontro de José, feliz por encontrá-lo e sem saber como explicá-lo sobre aquela situação, que já se tornava visível. A isso devemos ficar atentos pela sabedoria de Deus ante a dualidade: o SIM (segurança e firmeza de Maria) e a Insegurança (a dúvida e a desconfiança de José), os dois lados da mesma moeda em que se encerra a conduta humana.

Participação: Irmandades do Santíssimo, do Rosário e Nossa Senhora de Fátima.

Terceira Alegria: Nascimento de Jesus

Celebrante: Pe. Claudir Possa Trindade

As dúvidas de José foram sanadas, por Deus, em um sonho, então ele acreditou no projeto divino e casa com Maria. O amor que Maria nutria por José e este por ela fez com que tivesse uma vida muito feliz, apesar da simplicidade. Em obediência ao um decreto de César Augusto, sobre um recenseamento, Maria segue com José para Belém, mesmo em estado adiantado de gravidez, não se furtou em exercer a sua cidadania (quem ler a obra Operação Cavalo de Tróia, Maria é apresentada como uma mulher altiva, justa e, totalmente, politizada, muito além do seu tempo, apesar de ser obediente). E sob um céu estrelado Maria teve a alegria de dar a luz do mundo a Jesus numa rústica estrebaria providenciada por José, o Bom José.

Participação: Pastoral da Família e Movimento Mãe Rainha e Coro Paroquial.

Quarta Alegria: Adoração prestada ao Divino Infante pelos três Reis Magos

Celebrante: Pe. Paulo Marcelo Daher Gomes Filho

001Representa a alegria de Maria ao ver as homenagens rendidas a seu Filho Jesus, por toda a raça humana representada pelos três reis magos, a saber: Belchior (Caucasoide = raça branca), Baltazar (negroide = raça negra) e Gaspar (mongoloide = amarela), sendo que os nossos antepassados, o índios, são originários dessa. Com essas visitas fica constatado a epifania, ou a manifestação Divina àquela simples estrebaria. Aos constatar os presentes Maria pôde perceber todo o destino de Jesus, apesar da alegria sentida: o ouro (a realeza), a mirra (a preparação de um corpo morto, significando sofrimento) e o incenso ( a elevação de súplicas a Deus, através das fumaças perfumadas, sentido puro da alma humana). Segundo os evangelhos apócrifos foram os reis que alertaram a Maria e José, sobre o perigo que o Menino/Messias corria, ante a tirania de Herodes.

Participação: Pastoral da Criança, Pastoral do Batismo, Pastoral da Saúde e Coral Vozes de Anjos.

Quinta Alegria: Encontro de Jesus no Templo

Celebrante: Pe. João Rodrigues Dantas

001Uma vez estando o rei Herodes morto, Maria José e Jesus retornam à Nazaré, após muitos anos de exílio. Nesse espaço de tempo eles moraram em muitas cidades, devido as complicações causadas por curiosos a respeito de Jesus, pois esse na impulsividade de sua infância, deixava transparecer a sua natureza divina, que sobressaltava a muitos. José sob o aval de Maria o repreendia, a quase todos os momentos, e ele ia crescendo em graça. O exílio tornaram os três mais unidos. De volta à terra eles retornam à mesma vida pacata e feliz, de sempre. Estando Jesus com 12 anos José e Maria o levam a Jerusalém, por ocasião da Páscoa. Acabando os dias das festividade, eles , conjuntamente, com as caravanas voltam para Nazaré. Em meio ao caminho a aflição povoa o coração de Maria e José, pois constatam que Jesus não estavam com eles. Em uma procura desesperada , finalmente o encontram no templo recitando e explicando as escrituras com uma altivez, que a todos surpreendia. Ao vê-lo o coração de Maria se enche de alegria e constata com as palavras proferidas por Ele: A Senhora não sabia que eu estou a cuidar das coisas de meu Pai? Que ele já estava tomando ciência do propósito de sua vida. José enciumado, pela palavra “Meu Pai”, ficou entristecido.

Participação: Apostolado da Oração, Ministros Extraordinários da Comunhão e Coral Ministério de Música.

Sexta Alegria: A Ressurreição do Salvador

Celebrante: Pe. Nélio José dos Santos

Após os últimos acontecimentos da vida de Jesus, porém obediente aos planos de Deus, Maria foi a primeira a acreditar da Ressurreição de Jesus, pela boca de Maria Madalena, ao contrário dos demais que vacilaram, devido a vida pregressa que essa havia levado outrora. Ao ouvir tal notícia, o coração de Maria se enche de contentamento e percebe naquele momento (conforme Pe. Antônio da Mercês, asseverou, de forma poética no seu curso: Aprofundamento da Fé) que tudo o que acontecera até então propiciou um atalho para nos chegar a Deus e que Jesus é o pontífice definitivo de toda essa empreitada Divina. E recordou, que a firmeza de seu “Sim” foi a contribuição máxima para a salvação dos homens. Em meio a todo esse propósito da sexta alegria, Pe. Nélio passeou com maestria e com a simpaticidade de um palhaço, mostrando a todos que Maria, apesar das dores, não se deixou abater, era extremamente feliz pois tratava consigo a prática da ressurreição diária.

Participação: Catequese Paroquial, Terço dos Homens e Coral Nec.

Sétima Alegria: Coroação da Virgem Imaculada no Céu

Celebrante: Pe. Dirceu Oliveira Medeiros

Entre o nascimento de Maria até o seu último suspiro a humanidade se transformou de tal maneira que o calendário do tempo se dividiu em dois, a saber: AC (antes de Cristo) e DC (depois de Cristo). Para tanto é necessário que entendamos que Maria foi a protagonista de todo o processo da salvação, pois antes do “Sim” o mundo estava sob a ação de um Deus antropomórfico, um Deus que marchava à frente dos exércitos, a favor de um povo eleito. Depois do “Sim” de Maria o mundo veio a conhecer Jesus, imagem e semelhança, de um Deus misericordioso e amoroso, totalmente, comum a todas as nações e raças. A isso Jesus asseverou em diversas passagens da Bíblia, narradas pelos evangelistas. Consoante a isso devemos ter a convicção em nossas mentes e corações, que não existiria Jesus, se não houvesse Maria. Para tanto ela foi assuntada ao céu e coroada sob o título de Mãe da Igreja e de todos nós.

É bom Saber: Há um filme muito bonito “A Canção de Bernadete”, que todos os Católicos deveriam ver, que narra que em 1858 em Lourdes, na França, Nossa Senhora apareceu para uma jovenzinha: Bernadete Soubirous e lhe disse ser a Virgem Imaculada Conceição. Esse título já havia se proclamado como dogma em 1854, pelo Papa Pio XI, porém era, ainda, guardado a sete chaves pela Igreja, isto é, ninguém sabia.

Participação: Pastoral dos Jovens e Coral Ministério de Música.

Dia 15 – Dia de Nossa Senhora das Dores

001Após 07 dias de reflexões sobre a importância de Maria, no processo da Salvação eis que chega o seu grande dia sob o pseudônimo de Senhora das Dores. Para tanto os acordes executados pela Corporação Musical São Sebastião, percorre as principais ruas da cidade, nas primeiras horas do dia, tal qual um muezim, anunciando que a Graça Divina está disponível a todos. Consoante a isso, todos acordaram felizes, saudosos, é certo, pelas lembranças vividas junto aos seus, que já partiram, mas ansiosos para render graças, para mais um ano. Ao meio dia, tal qual no dia de Nossa Senhora Aparecida, o céu foi bombardeado por milhares de tiros de foguetes, na intenção de proclamar: Nós amamos Maria!

Às 15:00 h todos rumaram para a matriz, com os seus pequeninos filhos, para serem Consagrados à Nossa Senhora. Sendo que às 16:30 h, ao som de belas músicas executadas pelo Coral Ministério de Música deu-se início ao Sacrifício da Santa Missa Festiva presidida por Dom Célio de Oliveira Goulart (bispo da Diocese de São João Del Rei, nossa diocese) e concelebrada pelos Padres, a saber: Paulo Marcelo (nosso pároco), Antônio Claret Albino, Pedro de Jesus Wiermann, Éder Sebastião dos Santos, Dirceu Oliveira Medeiros e Monsenhor Juvenal Vaz G. Filho. Na homilia a proficuidade das palavras de Dom Célio fizeram notar a importância de Maria como modelo, para nossa conduta e caminho, para se chegar a Jesus, a chegar ao Pai.

55Em seguida Maria sai em procissão percorrendo algumas ruas, na intenção de abençoar a cidade entre cantos, em seu louvor, executados pelos corais: Ministério de Música, Vozes dos Anjos e NEC.

64Terminada a procissão uma multidão de féis presenciou uma bela coroação, sendo esta executadas por Dom Célio e demais padres convidados, evidenciando o seu amor a Maria, através de lenços branco a tremularem em cada mão.

129Para encerrar os festejos um céu coruscado de estrelas, multicoloridas, chegou pertinho da terra, sob os efeitos de um belíssimo espetáculo pirotécnico ao som de muitas palmas e de gritos: Viva Nossa Senhora! Viva a Mãe do filho de Deus!

182Participação: Todos os movimentos e Pastorais e Coral Ministério de Música.

 

Texto: João Bosco de Melo

Fotos: PASCOM

Dores de Campos, setembro de 2014

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>