Geni Ferreira de Melo, 77 anos, nasceu em Prados, morou nessa cidade seis anos, depois mudou para Barroso, durante seis meses. Mas morou a maior parte de sua infância e adolescência em uma fazenda do Livramento da avó Nhá do Julinho Saldanha. Quando mudou para a Água debaixo da Terra em Dores de Campos, já tinha quinze anos. Destacou que tinha três irmãos a Gessy, Eva e Antônio. A avó era religiosa, mas não participava de movimentos da igreja, pois naquela época tinham poucos movimentos, o pai e a mãe também eram religiosos e fervorosos, ensinaram os filhos a rezar, mas como moravam em fazenda não participavam muito das missas, o pai sempre que ia realizar algo entregava nas mãos de Maria Santíssima. Ressalta que a mãe arrumou os filhos com muito gosto para a primeira comunhão, mesmo com as dificuldades financeiras da família. Casou muita nova com João Rodrigues de Melo mais conhecido como João Pereira e foi morar na rua Vicente Lacerda conhecida como rua do canto, já mora na mesma durante 60 anos. O seu casamento foi celebrado pelo padre Raul às três horas da tarde e caminharam a pé pela cidade, em um dia de festa do Livramento. Enfatiza com entusiasmo que criou seus quatro filhos com religiosidade e todos participam das missas e movimentos religiosos, Ronaldo, Gilson, Roseli e Reni.
O primeiro movimento religioso da qual participou foi como zelada do Sagrado Coração de Jesus, ressalta que morava na Água Debaixo da Terra e foi chamada pela Dora do Amerquinho em 1951 e em 1981 passou a ser zeladora. Até os dias de hoje participa de reuniões do movimento com assiduidade e das adorações do Santíssimo Sacramento. Muito devota do Sagrado Coração de Jesus. Depois foi convidada para ser irmã do Rosário, na época do padre Pedro, já morava nas imediações do Rosário nesse tempo. Atualmente ainda participa da Irmandade do Rosário com responsabilidade, devoção e fé. Em 1991, quando o padre José Roberto era padre em nossa paróquia, foi convidada para ser ministra. Foi ministra durante seis anos e meio, assim participou do ministério até na época do padre Fábio, não mudava muito os ministros e depois foi convidada para ser ministra pelo atual padre Paulo em 2007.
Muito atuante nos movimentos e apaixonada pela igreja do Rosário, ofereceu para ajudar na limpeza da igreja, colhia flores naturais para os altares, pois naquela época as artificiais não eram usadas. Nos dias de hoje auxilia em serviços menores na limpeza da igreja, com muito amor e esmero. Nos dias atuais, durante todo o mês de outubro reza-se terço às três horas da tarde na igreja do Rosário em comemoração ao mês de Nossa Senhora do Rosário. Ressalta que já tem mais de 20 anos, no início era ela e dona Alfredina e alguns moradores e o mesmo foi crescendo e atualmente participam pessoas de todas as regiões da cidade. E durante o ano todas as quintas-feiras dona Geni e um pequeno grupo de fieis rezam o terço às três horas. E depois de um tempo organizou a novena de Natal na igreja do Rosário, no início com pessoas dos arredores do Rosário e posteriormente com pessoas de toda a cidade.
Dona Geni gosta muito de ler livros religiosos, revistas Canção Nova, Aparecida, Divino pai eterno e outros. Muito solidária com os movimentos religiosos de todo o Brasil, cita a importância de contribuir também com os da cidade, como na construção da Igreja de São Benedito, Nossa Senhora de Fátima e dos quais ela participa que é a Irmandade do Rosário e o Apostolado da Oração. Muito humilde e solidária disse que ajuda o quanto pode todos os movimentos religiosos. Dona Geni é um exemplo de ser humano a serviço do próximo e da igreja católica. Enfatiza: “Tenho orgulho de ser católica”.
Dores de Campos, 20 de agosto de 2015
Por Sirlene Aliane – PASCOM