Etimologicamente a expressão Padre, advém do latim Pai, aquele que cuida, aquele que sugere o melhor caminho a se seguir. E é imbuído desse sentimento que nós nos deixamos orientar, pois reconhecemos nele a intermediação (sobrenatural) exata entre o Pai e nós. E ontem, mais precisamente dia 28 de maio de 2016, Rodrigo com o SIM tornou-se noivo e consequentemente o pai de muitos. Consoante a isso é necessário intuirmos que esse SIM está, totalmente, imbuído de coerência, quando não se permite voltar atrás ou titubear. A isso podemos observar o SIM de Maria, que em meio a uma Jerusalém perversa, mesmo sem saber o que adviria, foi firme, não vacilou, pelo que constatamos, ate então, podemos ficar tranqüilos, pois o sim de Rodrigo contou com a determinação de vários anos de estudos e reflexões, quando sua determinação era posta em cheque, em todos os momentos. Para tanto ele teve a total liberdade entre o SIM e o Não, ao contrário das muitas outras vocações anteriores, quando a conquista do presbiterato era fruto de uma vontade e promessa dos pais.
Ao homiliar nos muitos Sacrifícios da Santa Missa, Pe. Paulo Marcelo asseverou que estar só consigo mesmo, não significa solidão, ao contrário dos que muitos pensam, mas sim estar à disposição de Deus no exercício da escuta e ter condições de assimilar nessa escuta a panacéia que irá aliviar as dúvidas e as aflições dos muitos corações. Consoante a isso podemos observar em Rodrigo, através do seu silêncio/timidez, uma predisposição para o exercício da escuta.
Se observarmos atentamente, constataremos que ontem não foi o dia mais importante da vida de Pe. Rodrigo, apenas um dia, quando as condições foram lhes dadas, mas hoje sim, hoje ele pôde ministrar o exercício de tantos anos, hoje ministrou o 6º Sacramento da Igreja Católica, o da Ordem, desse ele pôde consagrar a Eucaristia, perfazendo o sobrenatural de nossa fé, transubstanciar o Pão e o Vinho em Corpo e Sangue de Cristo, além de ministrar outras ordens, impossibilitadas até então.
Foi bonito vê-lo conduzir o Sacrifício da Santa Missa, mais ainda, foi vê-lo em sinal de gratidão, deixar o Diácono Noel, Diácono Permanente da nossa Diocese, e Pe. Paulo a homiliar. Este aproveitando o ensejo, ao invés de discorrer sobre o Evangelho de São Lucas, preferiu discorrer sobre sua convivência com Pe. Rodrigo, em tempo aconselhou-o a ficar atento, sempre, para não ser tragado pela arrogância e pela vaidade, tão comum no ser humano e exaltou a beleza do lema escolhido por este: Pela caridade, colocai-vos a serviço um dos outros. Compartilhou, também, esse momento com Pe. Luiz Eduardo, Monsenhor Juvenal e Pe. Eduardo.
A assembléia composta de seus pais, irmãos, parentes e amigos fervorosamente o aplaudiu, por diversas vezes, tamanho era o contentamento observado. Ao final ele renovou a consagração de sua vida à Nossa Senhora da Piedade, já que a primeira vez foi feita por sua mãe, quando de seus 02 meses de idade.
Vale destacar os belos versos que embalou a sua entrada triunfal pela nave, totalmente, pertinente para o momento:
“Mas eu escolho Deus! Eu escolho ser amigo de Deus! Eu escolho Cristo todo dia! Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus!”
Caro Rodrigo, ou melhor, Reverendíssimo Pe. Rodrigo Coimbra Ladeira, que Deus lhe permita serenidade, alegria em todos os momentos de sua vida. E que a humildade seja algo perene!
Que a Sagrada Família seja o exemplar de conduta e a sua companhia!
Por João Bosco de Melo
Dores de Campos, 29 de maio de 2016