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nov 17

A Construção de um Sonho

 

 

Há, precisamente, 07 anos o Sr. Antônio Argemiro, totalmente, descrente do mundo, das pessoas foi convidado a participar de um grupo de oração da RCC, na capela de Nossa Senhora de Fátima, bairro do Catete de Baixo, ministrado pela professora Cláudia de Fátima Silva Pinto, que dizia com muita propriedade que o Espírito Santo falava às pessoas e que havia alguém no grupo, naquele dia, que estava precisando de oração e precisando deixar o Espírito falar e agir em seu coração. Naquele momento o Sr Argemiro sentiu, internamente, um mal estar e, quase que mecanicamente, rogou a Deus que se manifestasse de alguma forma em sua vida, para que a mesma tivesse sentido e que ele tivesse alguma utilidade. Fim da reunião dirigiu-se à sua casa, juntamente com sua esposa, sério, sem vontade de conversar indo dormir, quase, imediatamente. Nessa noite teve um sonho, no qual Deus o intuía a construir uma Capela no alto de um morro e que na mesma deveria ser entronizado e ter como padroeiro São Benedito. Sobressaltado acordou e agradeceu a Deus e pediu que não o deixasse esmorecer, nesse propósito. Na primeira oportunidade foi falar com o Pe Paulo Marcelo e solicitou, do  mesmo, autorização para iniciar um terço. Com a permissão concedida muniu-se da imagem de São Benedito, de sua esposa, e iniciou a reza do terços, no bairro Paloma, inicialmente na casa do Carlinhos, um devoto ardoroso das coisas de Deus. Em pouco tempo todo o bairro já havia recebido a visita de São Benedito, onde os trabalhos eram, sempre, ministrados pelo grupo RCC, ao qual tornou-se membro dos mais entusiastas. Vale ressaltar, que sua esposa Marta, a Srta. Nivinha, a Sra. Piedade e o Sr. Miguel foram de importâncias incalculáveis. Esse último nomeado, pelo Sr. Argemiro, como seu Anjo da Guarda, pois sempre emprestou a sua determinação ao excelso amigo.

Com a maturação da idéia os frutos começam a se fazer visíveis, pois em 27 de novembro de 2007 foi realizada a Primeira Missa, defronte a casa do Sr. Miguel, em homenagem a São Benedito e declarando a esse, Padroeiro do Bairro Paloma. A partir daí começa a árdua tarefa de encontrar um local para a construção da Capela, pois tudo que se mostra novo torna-se difícil das pessoas assimilarem e aceitar. Nessa caminhada o grupo recebeu muitos, popularmente chamado, banhos de água fria, mas o Espírito de Deus estava presente, tanto que o Sr, Argemiro designava esses banhos como sendo: __Banhos de Água Santa, advindos de Deus, para lavá-los e reanimá-los na luta da concretização desse sonho, que não era seu, mas pertencente àquela comunidade.

De tanto pedir a Deus em suas orações, ainda no ano de 2007 conseguiu a doação do terreno para a construção da Capela, terreno este doado pelo Sr. Irineu do Pinhão e sua Esposa. Então para angariar fundos para a imediata construção da Capela lançaram mãos de todas as possibilidades, a saber: rifas, vendas de camisas com a estampa de São Benedito, pechinchas, doações espontâneas, serviços braçais em mutirões, reaproveitamento das telhas da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores (uma vez que já é sabido que a mesma está em reformas), entre outros. Foram sete anos de muitas lutas, sempre, tendo a comunidade dorense como, grande, aliada.

Em 09 de outubro de 2011 foi realizada a 1º Celebração Eucarística por Pe. Paulo Marcelo agora já na Capela, em franca construção, com uma grande participação de fiéis do bairro e de toda a cidade, onde aconteceram leilões de gado, barraquinhas com o intuito arrecadar fundos, para quitar contas pendentes e por fim terminar a parte externa da capela.

É Dores de Campos ganhando mais um templo para meditar uma fé simples e verdadeira.

Amém!

 

Para Conhecer São Benedito

 

São Benedito, chamado de Santo Preto, nasceu na aldeia de São Fratelo, Itália, em 1524 ou 1526 para alguns. Seus pais Diana e Cristovão, escravos, graças a sua imensa bondade, tiveram permissão para que tivessem filhos livres. Tiveram quatro: Benedito, Marcos, Baldassa e Fradella. Benedito, desde a infância começou a temer a Deus e guardar seus mandamentos, mortificando seu corpo e reduzindo-o ao serviço do espírito. Nos joelhos da mãe aprendeu a rezar e as primeiras noções de catecismo. Cresceu ouvindo os pais falarem de Deus, da Eucaristia, e de Maria. Sentindo-se totalmente ligado ao serviço de Deus, ainda bem jovem, vendeu o que tinha, distribuiu aos apurados pobres e retirou-se para uma vida solitária.

 

Tendo o Papa Pio IV ordenado que todos os religiosos eremitas da Ordem de São Francisco se recolhessem a uma Ordem Religiosa aprovada. Movido por uma inspiração, foi a Palermo, onde se recolheu ao Convento de Santa Maria de Jesus. Humilde irmão leigo, sempre estava ocupado em todos os serviços do convento, e sempre com ânimo alegre. Freqüentemente elevado na contemplação das coisas divinas, mereceu de Deus ser favorecido com dons especiais e graças divinas. Embora iletrado, foi eleito superior do Convento, e dava lições sobre as Sagradas Escrituras, deixando a todos maravilhados. Tornou-se também conselheiro de mestres, cardeais, vice-reis, religiosos, leigos, ricos e pobres.

 

Aos 63 anos adoece mortalmente, fortalecido com os sacramentos, e depois de ter predito a hora de sua morte, entregou sua alma ao criador no dia 4 de abril de 1589. O Papa PIO VII, depois da comprovação de muitos milagres, num processo que durou mais de duzentos anos, inscreveu-o entre solenes festejos no Catálogo dos santos em 25 de maio de 1807. O povo, porém, antecipou-se e, muito antes, prestou-lhe as honraria de santidade.

A fama de santidade de São Benedito – o frei cozinheiro – é confirmada e espalhada pelo mundo todo. Antes mesmo de sua canonização já era grande e fervorosa a devoção por ele no Brasil.

P/Ayla Darlene de Souza e João Bosco de Melo

Dores de Campos, 16 de outubro de 2011

 

 

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