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jun 11

Festa de Corpus Christi em Dores de Campos

Hoje o mundo Cristão celebra a festa da Instituição da Eucaristia, data esta que remonta a transubstanciação do Pão em Corpo e do Vinho em Sangue de Cristo, valendo ressaltar que tal festividade começou através da visão de uma freira Agostiniana chamada Juliana (em Liége/Bélgica), que se deveria expor a Hóstia Consagrada. E com o passar dos anos tal intenção se vinculou ao calendário religioso, através do Concílio de Trento (1545-1563) e em Dores de Campos, cidade Mariana, também, aprendeu ao longo dos tempos a render louvores à devoção fervorosa ao Santíssimo Sacramento, ápice da Fé de todos os paroquianos. Atendendo ao shofar de Pe. Paulo Marcelo a cidade, já de manhã, começou a se movimentar, na expectativa de se fazer bonita, através das ruas enfeitadas de forma simples, mas com bastante esmero, das janelas que debruçavam em si as colchas tiradas de algum enxoval tendo sobre si vasos de flores denunciando a fé guardada em cada lar. O tempo emprestava um dia frio com prenuncio de chuvas, mas o contentamento de prestar a Jesus agradecimentos desafiava a tudo, até mesmo aos desavisados veículos que insistiam em trafegar nas ruas enfeitadas. Assim que os relógios alcançaram a marca das 15:00h o aglomerado de fiéis e das crianças que fizeram a Primeira Comunhão, pela manhã, aguardavam defronte à Matriz Nossa Senhora das Dores o Ilustre Visitante que percorreria as ruas, previamente demarcada, animadas pela Lira Nossa Senhora das Dores, pelo Ministério da Música e pela orquestra da Banda São Sebastião a cantar e tocar os seus Motetos, vale ressaltar, de forma brilhante.

Mas o ápice do festejado dia ocorreria na Quadra de Esporte Silva Malta (Dorense Clube), quando o Pe. Paulo Marcelo de forma inspiradíssima homiliou o significado transcendental de tal festividade na exposição da imagem de Cristo no madeiro da Cruz ao lado do Ostensório contendo o seu Corpo Glorioso e Sobrenatural, não como demonstração de morte, de humilhação e escárnio, mas como magnetismo de quem o busca, de quem o procura em si. Denunciou em tal imagem a mesquinhez do poder de persuasão que temos de submeter os outros à nossa vontade, anulando com isso os propósitos primeiros de suas vidas, ao narrar a confissão de uma senhora na beira da morte, que reconheceu que viveu a vida que os outros queriam que ela vivesse, e não as que seus sonhos ansiavam viver. Denunciou que a imagem fixada no madeiro propositava que a grande sacada da vida é viver a unidade na diversidade, e isso se deve tão somente ao respeito, à não imposição, mas à composição, pois só assim tornaremos concreto o mundo idealizado por Jesus, o Cordeiro Imolado. Esse é o significado do Corpus Christi, o Corpo dado em resgate das nossas vidas, o Pão que nos sustentará e nos dará propósitos saudáveis.

Mas uma vez tivemos momentos mágicos onde pudemos viver a unidade de boas intenções. Que bom ser Católico! Que bom poder participar de tal festividade!

 Por João Bosco de Melo – Pascom

Dores de Campos, 07 de junho de 2012

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