O Voluntariado – entendido como o cidadão que doa o seu tempo, o seu talento para a causa de interesse social e comunitário. Sempre presente na tradição brasileira, ele está passando por um processo profundo de transformação e valorização. Historicamente circunscrito ao ambiente religioso, motivado que era pelos valores de caridade, compaixão e amor ao próximo, tanto que temos em Maria, a Mãe Peregrina, que não titubeou ao percorrer milhas, para ir ao encontro de sua parenta Izabel com o nobre intuito e gratuidade, a fim de ajudá-la nas tarefas do seu cotidiano.
Hoje, o conceito se alarga com a inclusão social de todos aqueles para quem o voluntariado é expressão de uma ética no que tange a solidariedade e participação cidadã.
É lógico que o o voluntariado que nasce da fusão de solidariedade e cidadania, não substitui o Estado e nem tampouco pode se chocar com o trabalho remunerado, pois o mesmo é a expressão mais pura da gratuidade, pois carrega em si a capacidade da sociedade, como um todo, em assumir a responsabilidade de agir por si mesma.
O Voluntariado não se expressa tão somente na assistência aos grupos mais vulneráveis da população, mas se inclui nas múltiplas iniciativas dos cidadãos nas áreas da Educação, Saúde, Cultura,
Defesa dos Direitos, Meio Ambiente, Esporte e Laser.
O Voluntariado carrega em si uma via de mão dupla, pois ao mesmo tempo que expressa generosidade e doação, expressa, também, abertura a novas experiências, oportunidades de aprendizado, afirmação e agregação de valores junto a comunidade.
Dores de Campos, 27 de novembro de 2007
Colaboração; Gilson Magela Tarcísio